Mariana Pereira é uma das voluntárias que apoia a Médicos do Mundo no terreno. Juntou-se a nós em 2017, após os incêndios em Castanheira de Pera, e apoia-nos actualmente no projecto Porto Escondido, fazendo parte da equipa há mais de dois anos. Estudante de medicina, deixa-nos hoje o seu testemunho sobre a importância do projecto para a saúde das pessoas mais vulneráveis do Porto. 

Neste Giving Tuesday junte-se a nós a ajude-nos a angariar uma nova Unidade Móvel de Saúde para o projecto Porto Escondido. Todos juntos podemos tornar este objectivo real!

Giving Tuesday

Ajude-nos a ajudar!

São muitos quilómetros de dedicação e serviço ao próximo, garantindo a sua dignidade, bem como o acesso igualitário e gratuito a cuidados de saúde primários, os quais não podem ser descontinuados. Para tal, precisamos de si! Ajude-nos a adquirir uma Unidade Móvel de Saúde devidamente equipada e junte-se a nós na luta contra todas as doenças, até mesmo a injustiça. 

Clique aqui e ajude!

Médicos do Mundo (MdM): Como é que conheceste a Médicos do Mundo e desde quando é que apoias a organização?
Mariana Pereira (MP): Tudo começou no Verão de 2017, após os incêndios que destruíram Pedrógão Grande, Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos e concelhos vizinhos. Queria fazer alguma coisa para ajudar a população e foi quando me disseram que era a Médicos do Mundo que estava no terreno, em Castanheira, com uma missão de ajuda humanitária. Foi assim que, juntamente com uma amiga decidi que ia passar uns dias a Castanheira de Pera para ajudar no que podia. A Missão Esperança, assim intitulada a missão, tornou-se de tal modo um marco no meu percurso que estive envolvida, inúmeras vezes, na equipa, ao longo do ano. No seguimento, tornei-me voluntária do projecto Porto Escondido, no Porto, do qual faço parte há mais de dois anos.
 

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MdM: Porque razão decidiste fazer voluntariado no projecto Porto Escondido?
MP: Quando estava em Castanheira de Pera conheci a enfermeira Fernanda Lopes que me deu a conhecer o projecto Porto Escondido, onde trabalhava. Entusiasmou-me tanto que no mesmo dia acabei por me inscrever como voluntária do projecto. 

MdM: Para ti, qual é a importância desta Equipa Técnica de Rua na cidade do Porto? 
MP: O projecto Porto Escondido tem um impacto diário na população vulnerável da cidade do Porto, apoiando pessoas que se encontram em exclusão social. Assim, não nos limitamos a ajudar indivíduos que nos procurem como também percorremos as ruas da cidade em busca de pessoas isoladas, que mais improvavelmente recorreriam a uma unidade de saúde. E é isso que diferencia a Equipa Técnica de Rua, vamos à procura dos problemas e tentamos de tudo para os resolver, acabando por criar uma ligação forte com a maioria dos utentes. 

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MdM: Como é que descreverias a importância da Unidade Móvel de Saúde na intervenção da Equipa Técnica de Rua?
MP: A Unidade Móvel é, sem dúvida, uma parte crucial na intervenção da Equipa Técnica de Rua, começando por ser o meio de transporte da equipa, algo que diferencia totalmente este projecto de todas as outras entidades de saúde. Assim, podemos providenciar um maior conforto aos utentes, no sentido em que não necessitam de se deslocar do local em que estão. Para além disso, é, também, a marca de imagem que faz com que a população nos reconheça de imediato, fornecendo um ambiente de segurança para a equipa e para os utentes que a ela recorrem. Do mesmo modo, é o local de armazenamento de stock, nomeadamente medicação, produtos de higiene, roupa interior e utensílios para prestação de cuidados de saúde gratuitos. Esta Unidade Móvel de Saúde, acima de tudo, fornece um ambiente amigável e ao mesmo tempo privado, para que as pessoas se sintam confortáveis na realização dos testes de rastreio. 

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MdM: Que mensagem gostarias de deixar às pessoas que nos apoiam (voluntários e doadores)?
MP: Mais do que um apoio financeiro, que mantém este projecto vivo e que lhe permite chegar e ajudar tanta gente, o vosso apoio é um voto de confiança. Um voto de que somos capazes de ser melhores. Um voto de que somos capazes de ir mais além e de ajudar mais pessoas. Um voto que entende que a cidade do Porto é melhor quando este projecto está de pé. Acredito que, todos juntos, conseguimos marcar a diferença na vida de muitas pessoas. 


MdM: Em suma, o que é para ti a Médicos do Mundo?
MP: A Médicos do Mundo tornou-se uma importante parte da minha rotina. Tanto o impacto que a Missão Esperança teve em mim como todo o envolvimento que fui tendo no projecto Porto Escondido fizeram com que desenvolvesse um carinho por esta organização. A Médicos do Mundo significa igualdade, cooperação e protecção. Significa lutar contra a desigualdade, a exclusão e a vulnerabilidade. Acima de tudo, nesta organização, ao apoiarmos uma causa e defendermos um propósito, acabamos por formar alicerces muito fortes, que fazem de nós uma família.