05 de dezembro de 2025
Este relatório é mais do que um registo de atividades: é uma afirmação de que a saúde não é caridade, mas um direito. Reforça a urgência de garantir acesso universal aos cuidados e de não ceder à indiferença, mesmo num contexto global cada vez mais adverso.
Principais números de 2024:
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9 milhões de pessoas apoiadas em todo o mundo
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451 projetos em 71 países
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5.053 colaboradores,
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6.281 voluntários
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3.287 sócios
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Orçamento global: €306 milhões de euros
Apesar da redução de financiamentos e do aumento das restrições à ação humanitária, a Rede Internacional da Médicos do Mundo manteve presença onde outros recuaram, apoiando populações em situação de vulnerabilidade, como pessoas migrantes, trabalhadores sexuais, pessoas utilizadoras de drogas, pessoas em situação de sem-abrigo e comunidades em zonas de guerra.
Destaques do ano:
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Resposta à crise em Gaza e Cisjordânia, com cuidados médicos, apoio psicossocial e campanhas de vacinação, apesar das obstruções à ajuda humanitária.
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Intervenções em emergências, como o terramoto na Turquia/Síria, a crise no Haiti e a guerra na Ucrânia, e desastres climáticos em Valência e Mayotte.
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Avanços em direitos sexuais e reprodutivos, incluindo campanhas pelo acesso seguro à Interrupção Voluntária da Gravidez (IVG) e formação de profissionais.
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Adoção da primeira Política de Eco-Responsabilidade da Rede Internacional e reforço do advocacy contra políticas antidireitos e pelo direito à saúde de migrantes.
O relatório sublinha que “a saúde não é caridade, é um direito” e apela à solidariedade global para enfrentar um contexto cada vez mais hostil à ação humanitária.
