A Médicos do Mundo (MdM) condena veementemente o ataque de terça-feira contra a maternidade do Hospital de Dashti-e-Barchi, em Cabul, no Afeganistão, gerida pela Médicos sem Fronteiras (MSF).

Entre as 24 vítimas mortais do atentado com granadas e armas automáticas, levado a cabo por três homens disfarçados de polícias, estão dois recém-nascidos, enfermeiras, mães, grávidas e uma trabalhadora humanitária da MSF. A MdM expressa a sua solidariedade e apoio a todas as pessoas envolvidas, civis, trabalhadores humanitários e à MSF.

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Quase em simultâneo a este ataque, considerado já, como um dos mais graves contra uma unidade de saúde administrada pela MSF, teve lugar um outro, durante um funeral, na província de Nangarhar, considerado um dos bastiões do Estado Islâmico em território afegão. Aqui, morreram pelo menos mais 16 pessoas e dezenas ficaram feridas.

Recorde-se que, a 3 de Maio de 2016, o Conselho de Segurança das Nações Unidas adoptou a resolução 2286 que condena actos de violência, ataques e ameaças dirigidos a doentes, feridos, pessoal médico, trabalhadores humanitários e infra-estruturas hospitalares. No entanto, a lei humanitária internacional continua a não ser respeitada todos os dias, em vários locais do mundo.

Neste contexto, a MdM juntou-se a outras organizações para promover a campanha #NotATarget. A iniciativa promove a solidariedade com civis, doentes, médicos, trabalhadores e infra-estruturas hospitalares que continuam a ser vítimas de grupos armados; realça as graves consequências dos ataques; e exige o direito dos trabalhadores humanitários a cuidarem de quem tem necessidade, particularmente em zonas de conflito.

A Médicos do Mundo apela uma vez mais ao respeito pela vida de civis, médicos, enfermeiros e de todo o pessoal humanitário que trabalha diariamente para ajudar as populações mais vulneráveis.

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