No dia 8 de Novembro, a Companhia Nacional de Bailado fará um ensaio geral solidário, no Teatro Camões, em Lisboa, que irá reverter para cinco instituições sociais, entre as quais, a Médicos do Mundo. 

 

Este espectáculo terá como programas "La Valse" uma curta metragem do realizador João Botelho e coreografia de Paulo Ribeiro e "A Sagração da Primavera", com coreografia de Vaslav Nijinsky e música de Igor Stravinsk

 

 

 

Cada bilhete terá um custo mínimo de 12 euros*, os quais revertem, na totalidade, para as instituições apoiadas. A Médicos do Mundo tem 200 bilhetes para vender, e o valor dos mesmos será usado nos projectos de apoio à população idosa mais vulnerável que estão a decorrer. Os bilhetes deste ensaio geral solidário podem ser adquiridos contactando a Médicos do Mundo través dos seguintes contactos: 213 619 526 ou mail para doadores@medicosdomundo.pt.

 

*O valor mencionado é mínimo, sendo que todos os que estiverem interessados em doar um montante maior, poderão fazê-lo.  Médicos do Mundo emite recibo de donativo.

 

Sobre “La Valse”

 

LA VALSE

Curta-metragem 

 

 João Botelho Realização  Paulo Ribeiro Coreografia

 Maurice RavelMúsica 

 Ar de FilmesProdução

 

 Artistas da Companhia Nacional de Bailado

Interpretação

 

Figurinos executados no atelier da CNB 

 

Foi intenção de Maurice Ravel, cerca de 1906, compor para orquestra um tributo à valsa e a Johann Strauss II. Pretendia que fosse uma obra romântica, que intitulou La Valse, un poème chorégraphique, e sobre a qual escreveu ser “uma espécie de apoteose da valsa vienense mesclando-se na minha cabeça com a ideia de turbilhão fantástico do destino.” Acontece porém que Ravel acaba por se alistar no exército e interrompe a sua criação musical.

Só em 1919, após o final da 1.ª GuerraMundial, retoma a ideia, em resposta a uma encomenda de Sergei Diaghilev, para os Ballets Russes. Ravel refaz integralmente a conceção inicial. Influenciado pela experiência da guerra, o romantismo perde dominância e o ritmo da valsa deriva frequentemente para o caos, numa metáfora à Europa de então. A estreia acabou por acontecer em dezembro de 1920, sem que Diaghilev a tivesse utilizado, por a ter considerado “não como um ballet, mas como um retrato de um bailado.” George Balanchine viria a coreografar a composição de Ravel, cerca de trinta anos mais tarde. Quando os laços da Europa são repetidamente equacionados, a CNB desafia um coreógrafo e um realizador a explorarem a composição de Ravel e a conceberem um olhar cinematográfico sobre o movimento dos corpos.

 

Sobre “A Sagração da Primavera”

 

A Sagração da Primavera

 Vaslav Nijinski Coreografia (Reconstrução coreográfica Milicent Hodson)Igor StravinskiMúsica

Igor Stravinskie/and Nicolas Roerich Argumento

 Nicolas RoerichCenografia e Figurinos

(Reconstrução cenográfica e Figurinos Kenneth Archer)

El DuploDesenho de luz

 

 Artistas da Companhia Nacional de BailadoInterpretação

 

Figurinos executados no atelier da CNB 

 

A estreia de A Sagração da Primavera, a 29 de maio de 1913, provocou um enorme escândalo remetendo esta obra ao esquecimento, ao mesmo tempo que viria a tornar-se num marco da história da dança. Em 1987, e após anos de pesquisa, Milicent Hodson e Keneth Archer, estreiam no Jofrey Ballet a reconstrução desta obra que se encontrava praticamente perdida e, em 1994, a mesma passa a fazer parte do repertório da CNB.

Uma das grandes referências da dança do início do século XX volta a ser dançada pela Companhia Nacional de Bailado nesta temporada.

 

Estreia absoluta

Paris, Théâtre des Champs-Élysées

29 de maio de 1913

 

Estreia CNB
Lisboa, Centro Cultural de Belém
22 de junho de 1994